quarta-feira, 28 de novembro de 2007

domingo, 25 de novembro de 2007

MUSICA E INTERIORES


Vejam e ouçam a qualidade de 6 percussionistas profissionais em casa alheia!

http://video.google.com/videoplay?docid=-8000409016826512649

domingo, 18 de novembro de 2007

Decoração, Ornamentação, Crime?

"Decoração, s.f. Colocação de enfeites suplementares; arranjo ou distribuição de ornamentos.
Ornamento, s. m. Trecho constitutivo de uma ornamentação; ornato.
Ornato, s. m. Motivo decorativo utilizado pela arquitectura, para valorização estética da forma."
Vocabulário Técnico e Crítico de Arquitectura
Penso que já não faz muito sentido falar em decoração ou ornamentação, mas sim em elementos que ajudam a definir um todo, a acentuar uma intenção e uma sinestesia próprias. Não em algo suplementar, mas sim em algo essencial e indissociável de um todo.
by Inês Didelet

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

MARC AUGE

ATENÇÃO | ATENÇÃO | ATENÇÃO

Chegou-me agora a informação que a
Aula Aberta do Professor Marc Augè, no âmbito do Mestrado em Estudos
do Espaço e do Habitar em Arquitectura, foi adiada.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Marc Augé

Brevemente, no dia 16 de Novembro, vai acontecer na Faculdade de Arquitectura uma aula aberta com o antropólogo francês Marc Augé, autor do livro Não-Lugares: Introdução a Uma Antropologia da Sobremodernidade (um dos mais conhecidos por nós por ser muito importante para o Universo arquitectónico).
Marc Augé, antropólogo, director de estudos "Lógica simbólica e ideologia" na École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris e Presidente da mesma de 1985 a 1995.
Os Não-Lugares
"(...) Os não-lugares são todavia a medida da época; medida quantificável e que poderíamos tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das autoestradas e os habitáculos móveis ditos 'meios de transporte' (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, e as grandes superfícies da distribuição, a meada complexa, enfim, das redes de cabos ou sem fios que mobilizam o espaço extra-terrestre em benefício de uma comunidade tão estranha que muitas vezes mais não faz do que pôr o indivíduo em contacto com uma outra imagem de si próprio.(...)O espaço do não-lugar não cria nem identidade singular, nem relação, mas solidão e semelhança."
AUGÉ, Marc, Não-lugares

" O não- lugar será então um lugar que não é relacional, não é identitário e não é histórico. Materializa-se nas auto-estradas, nos aeroportos e nas grandes superfícies. O viajante (...) articula o espaço antigo e o espaço moderno num todo produtor de sentido - é a figura humana dessa nova configuração espacial. Viaja, solitário em espalos que não são nem dele nem dos outros, mas onde, Augé concede, se sente livre. (...) "
SILVANO, Filomena, Antropologia do Espaço, Celta



by Inês Didelet

Colóquio “Nova Oeiras - Património moderno para um futuro sustentável”

17 de Novembro Sábado 15H00
Auditório do Centro Paroquial de Nova Oeiras

O Bairro de Nova Oeiras é um dos exemplos de urbanismo do movimento moderno mais emblemáticos tanto a nível local como até a nível nacional. É reconhecidamente uma obra referencial entre a arquitectura, arquitectura paisagista e o urbanismo e uma marca indiscutível na vivência e existência diária entre os moradores.
No sentido de salvaguardar este património foi criado há quatro anos pela CMO um gabinete de apoio local que tem vindo a desenvolver um regulamento e projectos de remodelação de algumas áreas do bairro, tendo em vista uma futura classificação do bairro como Património Municipal.
Num momento em que se implementa no concelho a carta de princípios da Agenda XXI, surgem novos paradigmas no urbanismo e paisagem urbana, desafios que se colocam a um dos expoentes dos modelos do urbanismo moderno em Portugal.

Neste sentido pergunta-se:

1. Qual o papel deste património numa cidade “sustentável” de acordo com os princípios definidos na Agenda XXI?
2. Qual o papel dos agentes locais na consubstanciação de um “urbanismo vivo”, integrado e participativo, do qual a “unidade bairro” é um elemento fundamental?

Programa
15H00 Recepção aos participantes e elementos da mesa e abertura da Sessão, Presidente da Associação
de Moradores de Nova Oeiras e Presidente da Associação Traços na Paisagem
15H15 Nova Oeiras - Regulamentação e Classificação Municipal, Arq.º José Manuel Fernandes, Coordenador do GALNOV
15H30 Nova Oeiras no Urbanismo de 60 e novas lógicas urbanas para o séc. XXI, Arq.º Nuno Portas
15H45 Nova Oeiras - valor patrimonial, Arq.ª Ana Tostões
16H00 Potencialidades de um modelo urbano “ultrapassado”, Arq.º Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles
16H15 A Paisagem Urbana como construção colectiva - ética e responsabilidade (como atrair agentes de dinamização social), Arq.º Pedro Brandão
16H30 A Agenda XXI e o bairro de Nova Oeiras, Dr. Isaltino de Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras
17H00 Debate com todos os intervenientes e conclusão - reflexão sobre as várias comunicações, moderada pela Arq.ª Paisagista Aurora Carapinha

Entrada livre.

Organização da AMNO (Associação de Moradores de Nova Oeiras), Associação Traços na Paisagem e Câmara Municipal de Oeiras.

J o a n a T a v a r e s


domingo, 11 de novembro de 2007

Wittgenstein





Numa das muitas conversas à volta dos trabalhos que vão sendo comentados nas aulas surgiu uma referência a Wittgenstein que percebi desconhecerem. Aqui ficam alguns dados:

Considered by some to be the greatest philosopher of the 20th century, Ludwig Wittgenstein played a central, if controversial, role in 20th-century analytic philosophy. He continues to influence current philosophical thought in topics as diverse as logic and language, perception and intention, ethics and religion, aesthetics and culture. There are two commonly recognized stages of Wittgenstein's thought — the early and the later — both of which are taken to be pivotal in their respective periods. The early Wittgenstein is epitomized in his Tractatus Logico-Philosophicus. By showing the application of modern logic to metaphysics, via language, he provided new insights into the relations between world, thought and language and thereby into the nature of philosophy. It is the later Wittgenstein, mostly recognized in the Philosophical Investigations, who took the more revolutionary step in critiquing all of traditional philosophy including its climax in his own early work. The nature of his new philosophy is heralded as anti-systematic through and through, yet still conducive to genuine philosophical understanding of traditional problems.
http://plato.stanford.edu/entries/wittgenstein/

Do Tratado Lógico Filosófico:

"do que não se pode falar é melhor calar-se"

e

"É óbvio que um mundo imaginado, por muito diferente que seja do real, tem que ter “algo” -uma forma - em comum com o real
Esta forma consiste precisamente em objectos
Espaço, tempo e cor (coloração) são formas dos objectos
A configuração dos objectos forma o estado de coisas
O modo e a maneira como os objectos estão em conexão num estado de coisas, é a estrutura do estado de coisas
A totalidade dos estados de coisas que existem é o mundo
A existência e a não existência de estados de coisas é a realidade."

Wittgenstein estendeu o seu pensamento à materialização da arquitectura, projectando uma casa para a sua irmã:

The door handles took a year to design. The radiators took another. And then the ceiling had to be raised - by a few millimetres.

The house that Ludwig built was not cosy. Wittgenstein forbade carpets and curtains. Rooms were to be lit by naked bulbs, and door handles and radiators were left unpainted. The floors were of grey-black polished stone, the walls of light ochre.

The Wittgenstein House, in the unfashionable and ugly-sounding Kundmanngasse in Vienna, was a stark cubic lump devoid of any external decoration. In this, the house the philosopher designed was true to the architectural principles of Wittgenstein's close friend Adolf Loos, who once wrote a paper called Ornament and Crime, in which he argued that the suppression of decoration was necessary for regulating passion.

http://www.guardian.co.uk/Archive/Article/0,4273,4329352,00.html

The villa built in 1925 by the philosopher Ludwig Wittgenstein for his sister, Margarethe Stonborough-Wittgenstein, expresses a vision in search of form perfection outside styles and time. The house clearly illustrates the principle of conceptual quest, a rigorous and often restless (however cold and iconoclast) quest for truth in art, as opposed to a sensual and formal approach.

„You probably imagine that philosophy is complicated enough, but let me tell you, this is nothing compared to the hardship of being a good architect. Back when I was building the house for my sister in Vienna I was so exhausted at the end of the day that the only thing I was still able to do was to go every evening to the cinema."

http://horia-marinescu.net/texte.php?lang=en&text=4

Fotografias do exterior em :

http://www.sarabizarro.com/photos/whouse/whaus.htm

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Kunsthaus Graz

Uma vez que falámos sobre as especulações arquitectónicas do grupo Archigram, achei interessante ficarmos com algumas imagens da recente obra de Peter Cook (um dos fundadores) e de Colin Fournier. Penso que é impossivel não encontrar relações! Este espaço extremamente orgânico remete-me um pouco para as concepções de cidades itenerantes dos Archigram.




by Inês Didelet

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sant Elia



O Link correcto para a página sobre este arquitecto é http://web.tiscali.it/antonio_santelia/
As minhas desculpas.

João Pernão

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A proposito de Rothko de que falamos de raspao hoje na aula:





Mark Rothko, Black on Maroon, 1959
Oil on canvas
support: 2286 x 2070 mm

Vejam o tamanho da tela (é muito grande).
O observador fica rodeado de um campo de cor ("color field" segundo Rothko)
Vejam mais em :
http://www.nga.gov/feature/rothko/

Biography

Full Name:
Mark Rothko (born Marcus Rothkowitz)
Born:
1903
Died:
1970
Born in Dvinsk, Russia (now Daugavpils, Latvia) Rothko moved with his family to Portland, Oregon in 1913. His painting education was brief - he moved to New York to study under the artist Max Weber and then struck out on his own.

Rothko is known for his abstract expressionism paintings, but he moved through more traditional styles in his early career, including Surrealist paintings in the 1940s. In 1947 he embarked on the first of his large abstract 'colour-field' paintings, formalising their structure further in the 1950s.

Rothko had huge success with largescale solo shows, but committed suicide in 1970.

Sant Elia





A propósito de Arquitecturas Experimentais verifiquei que a maior parte dos alunos não conhecia a obra de Antonio de Sant´Elia, arquitecto Futurista que morreu em combate na 1ª Guerra Mundial em 1916 com 28 anos de idade.Os seus desenhos para a Città Nuova e o seu Manifesto Futurista são elementos fundamentais na história da Arquitectura.

Aqui fica um link onde podem iniciar o vosso conhecimento desta figura:

www.sant-elia.net

Ficam também estas imagens para aguçar o apetite.



Do Manifesto Futurista de 1914 saliento a seguinte afirmação:

"PROCLAMO(...)Da un'architettura così concepita non può nascere nessuna abitudine plastica e lineare, perché i caratteri fondamentali dell'architettura futurista saranno la caducità e la transitorietà.

Le case dureranno meno di noi. Ogni generazione dovrà fabbricarsi la sua città.

Questo costante rinnovamento dell'ambiente architettonico contribuirà alla vittoria del Futurismo, che già si afferma con le Parole in libertà, il Dinamismo plastico, la Musica senza quadratura e l'Arte dei rumori, e pel quale lottiamo senza tregua contro la vigliaccheria passatista.

Eis o manifesto completo para quem estiver interessado.
É interessante verificar a contemporaneidade de algumas destas afirmações.



L’ARCHITETTURA FUTURISTA

Manifesto

Dopo il ‘700 non è più esistita nessun architettura. Un balordo miscuglio dei più vari elementi di stile, usato a mascherare lo scheletro della casa moderna, è chiamato architettura moderna. La bellezza nuova del cemento e del ferro viene profanata on la sovrapposizione di carnevalesche incrostazioni decorative che non sono giustificate né dalle necessità costruttive, né dal nostro gusto e traggono origine dalle antichità egiziana, indiana o bizantina, e da quello sbalorditivo fiorire di idiozie e di impotenza che prese il nome di neo-classicismo.

In Italia si accolgono codeste ruffianerie architettoniche e si gabella la rapace incapacità straniera per geniale invenzione, per architettura nuovissima. I giovani architetti italiani (quelli che attingono originalità dalla clandestina compulsazione di pubblicazioni d’arte) sfoggiano i loro talenti nei quartieri nuovi delle nostre città, ove una gioconda insalata di colonnine ogivali, di foglione seicentesche, di archi acuti gotici, di pilastri egiziani, di volute rococò, di putti quattrocenteschi, di cariatidi rigonfie,
tien luogo, seriamente, di stile, ed arieggia con presunzione al monumentale. Il caleidoscopico apparire e riapparire di forme, il moltiplicarsi delle macchine, l’accrescersi quotidiano dei bisogni imposti dalla rapidità delle comunicazioni, dall’aggiornamento degli uomini, dall’igiene e da cento altri fenomeni della vita moderna non danno alcuna perplessità a codesti sedicenti rinnovatori dell’architettura. Essi perseverano cocciuti con le regole di Vitruvio, del Vignola e del Sansovino e con qualche pubblicazioncella di architettura tedesca alla mano, a ristampare l’immagine dell’imbecillità secolare sulle nostre città, che dovrebbero essere l’immediata e fedele proiezione di noi stessi.

Così quest’arte espressiva e sintetica è diventata nelle loro mani una vacua esercitazione stilistica, un rimuginamento di formule malamente accozzate a camuffare da edificio moderno il solito bussolotto passatista di mattone e di pietra. Come se noi, accumulatori e generatori di movimento, coi nostri prolungamenti meccanici, col rumore e colla velocità della nostra vita, potessimo vivere nelle stesse case, nelle stesse strade costruite pei loro bisogni dagli uomini di quattro, cinque, sei secoli fa. Questa è la suprema imbecillità dell’architettura moderna che si ripete per la complicità mercantile delle accademie domicili coatti dell’intelligenza, ove si costringono i giovani all’onanistica ricopiatura di modelli classici, invece di spalancare la loro mente alla ricerca dei limiti e alla soluzione del nuovo e imperioso problema: la casa e la città futuriste. La casa e la città spiritualmente e materialmente nostre, nelle quali il nostro tumulto possa svolgersi senza parere un grottesco anacronismo.
Il problema dell’architettura futurista non è un problema di rimaneggiamento lineare. Non si tratta di trovare nuove sagome, nuove marginature di finestre e di porte, di sostituire colonne, pilastri, mensole con cariatidi, mosconi, rane; non si tratta di lasciare la facciata a mattone nudo, o di intonacarla, o di rivestirla di pietra, né di determinare differenze formali tra l’edificio nuovo e quello vecchio; ma di creare di sana pianta la casa futurista, di costruirla con ogni risorsa della scienza e della tecnica, appagando signorilmente ogni esigenza del nostro costume e del nostro spirito, calpestando quanto è grottesco, pesante e antitetico con noi (tradizione, stile, estetica, proporzione) determinando nuove forme, nuove linee, una nuova armonia di profili e di volumi, un’architettura che abbia la sua ragione d’essere solo nelle condizioni speciali della vita moderna, e la sua rispondenza come valore estetico della nostra sensibilità. Quest’architettura non può essere soggetta a nessuna legge di continuità storica. Deve essere nuova come è nuovo il nostro stato d’animo.

L’arte di costruire ha potuto evolversi nel tempo e passare da uno stile all’altro mantenendo inalterati i caratteri generali dell’architettura, perché nella storia sono frequenti i mutamenti di moda e quelli determinati dall’avvicendarsi dei convincimenti religiosi e degli ordinamenti politici; ma sono rarissime quelle cause di profondo mutamento nelle condizioni dell’ambiente che scardinano e rinnovano, come la scoperta di leggi naturali, il perfezionamento dei mezzi meccanici, l’uso razionale e scientifico del materiale.

Nella vita moderna il processo di conseguente svolgimento stilistico nell’architettura si arresta. L’architettura si stacca dalla tradizione. Si ricomincia da capo per forza.

Il calcolo sulla resistenza dei materiali, l’uso del cemento armato e del ferro escludono l’<> intesa nel senso classico e tradizionale. I materiali moderni da costruzione e le nostre nozioni scientifiche, non i prestano assolutamente alla disciplina degli stili storici, e sono la causa principale dell’aspetto grottesco delle costruzioni <> nelle quali si vorrebbe ottenere dalla leggerezza, dalla snellezza superba delle putrelle e dalla fragilità del cemento armato, la curva pesante dell’arco e l’aspetto massiccio del marmo.

La formidabile antitesi tra il mondo moderno e quello antico è determinata da tutto quello che prima non c’era. Nella nostra vita sono entrati elementi di cui gli antichi non hanno neppure sospettata la possibilità; vi sono determinate contingenze materiali e si sono rilevati atteggiamenti dello spirito che si ripercuotono in mille effetti; primo fra tutti la formazione di un nuovo ideale di bellezza ancora oscuro ed embrionale, ma di cui già sente il fascino anche la folla. Abbiamo perduto il senso del monumentale, del peante, dello statico, ed abbiamo arricchita la nostra sensibilità del gusto del leggero, del pratico, dell’effimero e del veloce. Sentiamo di non essere più gli uomini delle cattedrali, dei palazzi, degli arengari; ma dei grandi alberghi, delle stazioni ferroviarie, delle strade immense, dei porti colossali, dei mercati coperti, delle gallerie luminose, dei rettifili, degli sventramenti salutari.

Noi dobbiamo inventare e rifabbricare la città futurista, simile ad un immenso cantiere tumultuante, agile, dinamico in ogni sua parte, e la casa futurista simile ad una macchina gigantesca. Gli ascensori non debbono rincantucciarsi come vermi solitari nei vani delle scale; ma le scale, divenute inutili, devono essere abolite e gli ascensori devono inerpicarsi, come serpenti di ferro e di vetro, lungo le facciate. La casa di cemento di vetro di ferro senza pittura e senza scultura, ricca soltanto della bellezza congenita alle sue linee e ai suoi rilievi, straordinariamente brutta nella sua meccanica semplicità, alta e larga quanto più è necessario, e non quanto è prescritto dalla legge municipale deve sorgere sull’orlo di un abisso tumultuante: la strada, la quale non si stenderà più come un soppedaneo al livello delle portinerie, ma si sprofonderà nella terrà per parecchi piani, che accoglieranno il traffico metropolitano e saranno congiunti per transiti necessari, da passerelle metalliche e da velocissimi tapis roulants.

Bisogna abolire il decorativo. Bisogna risolvere il problema dell’architettura futurista non più rubacchiando da fotografie della Cina, della Persia e del Giappone, non più rimbecillendo sulle regole del Vitruvio, ma a colpi di genio, e armati di un’esperienza scientifica e tecnica. Tutto deve essere rivoluzionato. Bisogna sfuttare i tetti, usare i sotterranei, diminuire l’importanza delle facciate, trapiantare i problemi del buon gusto dal campo della sagometta, del capitelluccio, del portoncino in quello più ampio dei grandi aggruppamenti di masse, della vasta disposizione delle piante. Finiamola coll’architettura monumentale funebre commemorativa. Buttiamo all’aria monumenti, marciapiedi, porticati, gradinate, sprofondiamo le strade e le piazze, innalziamo il livello della città

1. Tutta la pseudo-architettura d’avanguardia, austriaca, tedesca e americana.
2. tutta l’architettura classica solenne, ieratica, scenografica, decorativa, monumentale, leggiadra, piacevole.
3. L’imbalsamazione, la ricostruzione, la riproduzione dei monumenti e palazzi antichi.
4. Le linee perpendicolari e orizzontali, le forme cubiche e piramidali che sono statiche, gravi, opprimenti ed assolutamente fuori dalla nostra nuovissima sensibilità.
5. L’uso di materiali massicci, voluminosi duraturi, antiquati, costosi.

E PROCLAMO:
1. Che l'architettura futurista è l'architettura del calcolo, dell'audacia temeraria e della semplicità; l'architettura del cemento armato, del ferro, del vetro, del cartone, della fibra tessile e di tutti quei surrogati del legno, della pietra e del mattone che permettono di ottenere il massimo della elasticità e della leggerezza;
2. Che l'architettura futurista non è per questo un'arida combinazione di praticità e di utilità, ma rimane arte, cioè sintesi, espressione;
3. Che le linee oblique e quelle ellittiche sono dinamiche, per la loro stessa natura, hanno una potenza emotiva superiore a quelle delle perpendicolare e delle orizzontali, e che non vi può essere un'architettura dinamicamente integratrice all'infuori di esse;
4. Che la decorazione, come qualche cosa di sovrapposto all'architettura, è un assurdo, e che soltanto dall'uso e dalla disposizione originale del materiale greggio o nudo o violentemente colorato, dipende il valore decorativo dell'architettura futurista;
5. Che, come gli antichi trassero ispirazione dell'arte dagli elementi della natura, noi - materialmente e spiritualmente artificiali - dobbiamo trovare quell'ispirazione negli elementi del nuovissimo mondo meccanico che abbiamo creato, di cui l'architettura deve essere la più bella espressione, la sintesi più completa, l'integrazione artistica più efficace;
6. L'architettura come arte delle forme degli edifici secondo criteri prestabiliti è finita;
7. Per architettura si deve intendere lo sforzo di armonizzare con libertà e con grande audacia, l'ambiente con l'uomo, cioè rendere il mondo delle cose una proiezione diretta del mondo dello spirito;
8. Da un'architettura così concepita non può nascere nessuna abitudine plastica e lineare, perché i caratteri fondamentali dell'architettura futurista saranno la caducità e la transitorietà. Le case dureranno meno di noi. Ogni generazione dovrà fabbricarsi la sua città. Questo costante rinnovamento dell'ambiente architettonico contribuirà alla vittoria del Futurismo, che già si afferma con le Parole in libertà, il Dinamismo plastico, la Musica senza quadratura e l'Arte dei rumori, e pel quale lottiamo senza tregua contro la vigliaccheria passatista.

Antonio Sant’Elia.
Architetto
Milano, 11 Luglio 1914