terça-feira, 13 de novembro de 2007

Marc Augé

Brevemente, no dia 16 de Novembro, vai acontecer na Faculdade de Arquitectura uma aula aberta com o antropólogo francês Marc Augé, autor do livro Não-Lugares: Introdução a Uma Antropologia da Sobremodernidade (um dos mais conhecidos por nós por ser muito importante para o Universo arquitectónico).
Marc Augé, antropólogo, director de estudos "Lógica simbólica e ideologia" na École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris e Presidente da mesma de 1985 a 1995.
Os Não-Lugares
"(...) Os não-lugares são todavia a medida da época; medida quantificável e que poderíamos tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das autoestradas e os habitáculos móveis ditos 'meios de transporte' (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, e as grandes superfícies da distribuição, a meada complexa, enfim, das redes de cabos ou sem fios que mobilizam o espaço extra-terrestre em benefício de uma comunidade tão estranha que muitas vezes mais não faz do que pôr o indivíduo em contacto com uma outra imagem de si próprio.(...)O espaço do não-lugar não cria nem identidade singular, nem relação, mas solidão e semelhança."
AUGÉ, Marc, Não-lugares

" O não- lugar será então um lugar que não é relacional, não é identitário e não é histórico. Materializa-se nas auto-estradas, nos aeroportos e nas grandes superfícies. O viajante (...) articula o espaço antigo e o espaço moderno num todo produtor de sentido - é a figura humana dessa nova configuração espacial. Viaja, solitário em espalos que não são nem dele nem dos outros, mas onde, Augé concede, se sente livre. (...) "
SILVANO, Filomena, Antropologia do Espaço, Celta



by Inês Didelet

1 comentário:

joão nuno pernão disse...

Será que os não-lugares criam não-seres?
A identidade forma-se por reacção.
Se não existe história, se não existe relação , mas sim solidão e semelhança, se um lugar promove esse paradigma da Democracia que é a anónima igualdade, não existe então ser enquanto identidade.