Vamos falar do primeiro exemplo que nos trouxe a Diana, que me parece muito mais interessante que o segundo. Para todos e especialmente para o Grupo que tratou da SINESTESIA quando abordámos os temas teóricos da arquitectura, pergunto: Quando "apreciamos" (como diz a Diana) este video estamos a ver imagens que são acompanhadas pela música ou temos uma ilustração do conteúdo musical? Ou temos um resultado sinestésico, de percepção única pelos sentidos? Será por isso que a presença dos músicos e do público não nos deixa "voar" completamente? Ou acham indiferente?
Penso que é um resultado composto. Imagens acompanhadas pela música ou ilusração do conteúdo musical, a arquitectura "representada" não é real, é projecção, é uma ideia imaginada de alguém que se concretizou num suporte bidimensional. Em contraposto, os músicos são bem reais, estão na realidade física e a música que ecoa dos instrumentos também. Uma realidade projectada, outra física e a inserção do indivíduo no espaço arquitectónico-musical é, à partida, falível, não consolidada da melhor maneira, na minha opinião.
"Apreciar" é uma palavra engraçada...só se podem apreciar coisas belas? Stendhal disse que "a beleza é uma promessa de felicidade"...
concordo com a Eliana, penso que se trata de uma experiência sinestésica em conjunto.por momentos voei um bocadinho (e estamos a falar do primeiro filme)...mas penso que se fizemos parte do público essa experiencia poderia ser potenciada, mais ainda se estivessemos no local. Estas experiencias musicais conjugadas com a arquitectura (não a do filme porque o espaço é apenas representado pela projecção) fazem-nos sentir os espaços ainda mais, são percepções sinestésicas do espaço mais completas. Como o Juhani Pallasmaa defende, a hegemonia da visão por vezes não nos deixa "percepcionar totalmente" o espaço.
E é bem verdade, a sinestesia aumenta quando se fecham os olhos. Depois, ao abri-los novamente nada é igual.
Voltando ao "apreciar" queria acrescentar que é uma palavra com a mesma raíz etimológica que "apreçar", ou seja avaliar (do latim "appretiare"). O caminho que as palavras seguem até nós ensina-nos muito.
Blog iniciado pelos alunos e professores do 5º ano da Licenciatura em Arquitectura de Interiores, Faculdade de Arquitectura, Universidade Técnica de Lisboa
5 comentários:
Vamos falar do primeiro exemplo que nos trouxe a Diana, que me parece muito mais interessante que o segundo.
Para todos e especialmente para o Grupo que tratou da SINESTESIA quando abordámos os temas teóricos da arquitectura, pergunto: Quando "apreciamos" (como diz a Diana) este video estamos a ver imagens que são acompanhadas pela música ou temos uma ilustração do conteúdo musical? Ou temos um resultado sinestésico, de percepção única pelos sentidos? Será por isso que a presença dos músicos e do público não nos deixa "voar" completamente? Ou acham indiferente?
João Pernão
Penso que é um resultado composto. Imagens acompanhadas pela música ou ilusração do conteúdo musical, a arquitectura "representada" não é real, é projecção, é uma ideia imaginada de alguém que se concretizou num suporte bidimensional. Em contraposto, os músicos são bem reais, estão na realidade física e a música que ecoa dos instrumentos também. Uma realidade projectada, outra física e a inserção do indivíduo no espaço arquitectónico-musical é, à partida, falível, não consolidada da melhor maneira, na minha opinião.
"Apreciar" é uma palavra engraçada...só se podem apreciar coisas belas? Stendhal disse que "a beleza é uma promessa de felicidade"...
Eliana Barreto
concordo com a Eliana, penso que se trata de uma experiência sinestésica em conjunto.por momentos voei um bocadinho (e estamos a falar do primeiro filme)...mas penso que se fizemos parte do público essa experiencia poderia ser potenciada, mais ainda se estivessemos no local. Estas experiencias musicais conjugadas com a arquitectura (não a do filme porque o espaço é apenas representado pela projecção) fazem-nos sentir os espaços ainda mais, são percepções sinestésicas do espaço mais completas. Como o Juhani Pallasmaa defende, a hegemonia da visão por vezes não nos deixa "percepcionar totalmente" o espaço.
Inês Didelet
E é bem verdade, a sinestesia aumenta quando se fecham os olhos. Depois, ao abri-los novamente nada é igual.
Voltando ao "apreciar" queria acrescentar que é uma palavra com a mesma raíz etimológica que "apreçar", ou seja avaliar (do latim "appretiare"). O caminho que as palavras seguem até nós ensina-nos muito.
João Pernão
ler todo o blog, muito bom
Enviar um comentário